Vampiro: a Máscara, o RPG que dominou os anos 90 no Brasil - ReverTherio - RPG e Variedades

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Vampiro: a Máscara, o RPG que dominou os anos 90 no Brasil

Olá, hoje quero lembrar de um jogo que foi por um período sinônimo de RPG nas "terras brasilis" o imponente Vampiro: A Máscara, vou cobrir o período da década de 90 que foi o seu ápice de popularidade (até agora, pois o Vampire ta voltando forte com Boardgame, Cardgame, Jogo Eletronico e claro a fodastica 5° edição), mas afinal que parada é essa, bom vou fazer um resuminho "for dummies". 



A origem do jogo


Vampiro: A Máscara é um RPG de Horror Pessoal (seja lá o que for que isso queira dizer) criado por Mark Hein Hagen em 1991 e publicado pela White Wolf. Nele os jogadores interpretam Vampiros (Há Vá) que lutam contra sua "besta interior" para manter sua humanidade, tudo isso permeado por um cenário punk gótico que é grande parte do seu charme.

Vampiro (só Vampiro mesmo para simplificar) usa o sistema StoryTeller que basicamente consiste em jogar dados de 10 faces contra um número alvo e contar sucessos, suas mecânicas que favorecem a interpretação foram o seu charme em um cenário com predominância de GURPS e AD&D isso era pouco comum (embora Shadowrun usasse também algo parecido).

Alguns destaques que gosto de lembrar são:

Tendências aqui não são simplesmente leal e bom ou caótico e neutro, e sim Natureza e Comportamento sendo que seu personagem é a combinação de ambos;





Existe um medidor de humanidade que a grosso modo serve como um medidor de “bondade” fazendo a associação da Natureza e Comportamento não sendo necessariamente com o quão “humano” é o vampiro, ou seja, ninguém é muito obvio aqui;

A ficha é bem redondinha com uma distribuição justa de pontos entre as disciplinas, destaque para os pontos bônus que complementam os personagens;

Existem níveis de sucesso e os pontos de força de vontade, criando situações onde você pode (e deve) dosar adequadamente o seu esforço em busca de um nível de sucesso aceitável, nada de rolar e esperar;

Os clãs vampíricos



Um detalhe a parte é a riqueza de cada um dos clãs vampíricos que compõe tanto a Camarilla quanto o Sabá, basicamente são os vampiros maus e os vampiros mais ruins ainda, pelo menos a Camarilla se importa com a máscara (que no caso é a ocultação da existência dos vampiros). Os clãs mais famosos são:

Clãs da Camarilla


Brujah: Combatentes furiosos e apaixonados, primam pela excelência em combate e pela ira incontrolável;
Gangrel: Metamorfos reclusos, muitos dizem que eles são próximos de lobisomens, mas não creio que seja real;
Toreador: Hedonistas viciados em prazer, são rápidos, encantadores e muito perigosos diga-se de passagem;
Malkavian: Aqui tem um bando de loucos, mas eles têm dons visionários impressionantes e uma disciplina exclusiva, a demência;
Tremere: Mestres da magia do sangue, muito poderosos e enigmáticos, e sim, provavelmente você já ouviu muita historia sobre sedução das chamas;
Ventrue: A fama de Mauricinhos serve só de ardil para esconder um clã poderoso e influente com muita grana e dominação eles fazem miséria na Camarilla;
Nosferatu: Sob o estigma de ser uma monstruosidade mesmo entre monstros os Nosferatu agem nas sombras vendendo segredos e lacerando seus inimigos com furtividade e brutalidade;



Clãs do Sabá


Lasombra: Infiltrados nas igrejas esses mestres da escuridão são poderosos e influentes;
Tzimisce: Linhagem do famoso conde Vlad Tepes, podem esculpir carne como massinha de modelar, e acredite, eles têm uma criatividade perversa;

Independentes


Ravnos: "Ciganos" mestres do ilusionismo, um arquétipo incomum, porém bem interessante;
Seguidores de Set: Como o próprio nome diz adoram o deus Set e tem forte influência além de habilidades magicas;
Assamitas: Assassinos silenciosos vindos do Oriente Médio, com as disciplinas Quietus e Ofuscação eles te matam e nem você percebe;


Considerações Finais


Não querendo me alongar muito mais, só queria acrescentar, que tem muito material das edições antigas em português 2°, 3°, depois veio o World of Darkness com umas reformulações que desagradaram muitos fãs, e hoje o cenário esta mais ou menos como descrevi no início do post.


Recomendo muito que conheçam esse jogo que não é perfeito, mas tem muita personalidade e charme, vai ser um aprendizado e um prazer, pode apostar.


E claro se tu gostou desse conteúdo e quer conhecer melhor meu trabalho se inscreva no meu canal e me segue nas redes sociais.


Por hoje era isso mesmo, grato por ler até aqui.

Dark



4 comentários:

Anônimo disse...

Faltou só o Idade das Trevas

Hudson disse...

Eu adorava. Uma pena que hoje só querem jogar D&D.

Dark disse...

Pois é, falta pluraridade no RPG em geral, mas é natural esse movimento de debandada para a direção do D&D, pessoalmente me surpreendi com a quantidade de fã de Vampiro que encontrei, vou procurar trazer mais material para esse RPG em breve.

ALMA MINHA, MUNDO TEU. disse...

Muito boa resenha. Vale lembrar que os usurpadores são aceitos porque são úteis, mas todo mundo sabe que Tremere não é clã.



Subir