Top 5 Defeitos do D&D 5E - ReverTherio - RPG e Variedades

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Top 5 Defeitos do D&D 5E

Boa tarde,

Anteriormente eu listei as 5 qualidades do D&D 5E agora faço o caminho inverso, porque afinal nem tudo são flores, você pode não concordar comigo, mas essa é uma opinião pessoal e sincera, então vamos começar logo com isso.

1° Conjuradores > que todo resto



Aprender a se esconder é aprender a sobreviver

Isso já era um problema da 3° edição, na 4° resolveram e deixaram o jogo equilibrado (até demais) e o problema volta novamente agora, não parece muita coisa a principio, mas analisando da para ver como as magias são a opção mais eficiente na resolução de qualquer conflito, as resistências são mais fáceis de explorar na 5° edição, pois o conjurador pode mirar na fraqueza do oponente como Carisma ou Sabedoria por exemplo, que tende a ser menor do que um teste de vontade seria.


2° Níveis de desafio mal projetados e de difícil compreensão




Góblins bem usados (ou mal) podem gerar um TPK bem precoce

Para os que tiveram o desgosto de ler as regras de projeção de encontro e conseguiram entender eu dou os parabéns, porém para a grande maioria aquilo fica mais confuso a cada vez que se lê, tanto que simplesmente estou preferindo chutar quanto de poder tem um monstro e esperar que ele não trucide os aventureiros, saudades de quando simplesmente se somava os níveis de desafio e consultava uma tabela.


3° Itens mágicos não tem preço



  Consegue reconhecer esses itens?


Ok, muitos dirão que é intencional e que isso evita o efeito "arvore de natal", mas os preços dos itens servem como uma ferramenta precisa de nivelamento de poder, afinal por que um frasco de cola soberana é lendário e um cetro do alerta é incomum?, os itens mágicos devem ser controlados e não mistificados (mas jogar sem eles também não é um martírio).


4° Personagens são muito iguais



Quem assistiu esse ep. de Rick e Morty pegou a referencia

Você deve estar pensando "Ué mas isso entra em conflito com o fato dos conjuradores serem mais poderosos", de fato, mas é como na isonomia: "Os iguais são tratados iguais e os diferentes iguais cada um conforme sua diferença", ou seja os guerreiros depois de escolhidos os caminhos, não mudam mais, todo champion é a mesma coisa. antes na 3° edição haviam talentos para moldar o estilo de combate, agora os talentos são menos presentes e o estilo de combate é um bônus inicial pouco relevante.


5° O jogo é desequilibrado no final das contas




ta ai um grupo overpower!

São muitos os pontos em que o jogo tem desequilíbrio, seja em classes melhores e piores, itens mágicos melhores e piores ( do mesmo nível de raridade, monstros do mesmo ND mais fortes ou fracos e isso acaba influenciando no jogo, pois os fracos são evitados em favor dos fortes, então suas opções caem muito, não que todo personagem tenha de ser poderoso, porém isso é penalizar uma escolha (mais triste que ser meio elfo na 3°edição).


Considerações finais


Basicamente é isso, foi muito mais fácil mapear os defeitos que as qualidades do jogo, não que ele tenha mais defeitos, porém os defeitos são mais fáceis de lembrar já que incomodam mais. caso tenha criticas sugestões ou elogios(duvido), comenta ai.

Abraço a todos e até...



Dark

3 comentários:

Anônimo disse...

Cara, vi uma das suas análises de 5ed. e notei inconsistências tremendas.

Respeitando seu ponto de vista, vejo que nestas análises existem também alguns pontos a se pensar.

1) Conjuradores > All: é uma análise parcialmente correta. Sim, tal qual na 3ed., os conjuradores de nível alto tem acesso a magias que desequilibram o jogo, se pensarmos em certos aspectos. Entretanto, em até o mid level isso é bastante diferente, com predominância em low level de destaques como o bárbaro e druida, e no mid level do fighter.

2) Desafios mal projetados: Concordo com muitos dos problemas, entretanto, eles são, ao meu ver, os mesmos problemas das outras edições, portanto, não vejo como uma exclusividade da 5ed.

3) Itens mágicos não tem preço: não concordo com sua análise. A tônica da 5e. é uma abordagem diferentes dos itens: restrição de quantidade, ausência de valor monetário para dar-lhes exatamente esse ar de mágica e a classificação segundo raridade. No geral, essa classificação me parece correta, é claro que com alguns itens sendo considerados broken para sua faixa de raridade. Mas isso também acontecia em outras edições, da mesma forma.

4) Personagens iguais: análise equivocada. As classes são extremamente diferentes no gameplay. Existem feats customizáveis (em menor número, é verdade), paths, tricks (maneuvers, por ex,). Igualdade se via na 4ed, onde um mago tinha o mesmo damage deal de um fighter, um mesmo to hit, um mesmo power, apenas mudando nomes. Na 5ed., em malha, a noção de roles da 4ed. foi diluída, você não consegue mais identificar plenamente controlers, strikers, healers e tankers.

5) O jogo é desequilibrado: jogue mais 5ed, você está errado. Do 1st ao 20th level os desafios são lineares, os encontros são ágeis (e mais mortais) e a progressão de números é bem mais simplificada e correta.

Machado disse...

muito incosistente.
inicialmente o jogo não é feito para ser justo/balanceado. é feito para ser divertido e democrático. é um jogo em time. o fato de um indivíduo (conjurador) ser numericamente mais apto não implica (diretamente) que o jogo.

RPG não é um jogo de tabuleiro com o objetivo de sobrepujar todos os desafios com a lista de habilidades coletadas pelo grupo mas sim de contar uma história em que todos os presentes estejam igualmente envolvidos, para que eles divirtam o mestre (importantíssimo) e todos sintam disposição de continuar jogando.

É verdade porem que essas falhas que você apontou são utilizadas por jogadores mas o erro disso não esta na regra e sim no o jogador: se ele pretende participar de um jogo onde a principal diretriz seja o enfrentamento, existem vários outros jogos que irão satisfazê-lo melhor que o rpg.

E finalmente. é claro que a versão tem defeitos, ainda sim ela é muito melhor que as outras, ja que os números são menores, existe menos letalidade(magia e efeitos de morte instantaneos)e as classes estão mais balanceadas. Se vc acha que os conjuradores são muito mais fortes, não veja a 2a edição.... La sim, é desproporcionamente desquilibrado.

Dark disse...

Bom vou tentar responder a ambos de forma mais genérica, quanto aos pontos apresentados pelo anonimo vou comentar apenas o 3 e 4,

3- Independente de como os itens surgissem na aventura um escalonamento mais preciso que incomum raro e muito raro seria bem vindo, itens mágicos desnivelados destroem campanhas (claro que isso é responsabilidade do mestre, mas nem sempre temos como dimensionar isso lendo uma descrição de 4 linhas

4- A questão dos personagens iguais vem junto com o problema dos roles, acho pouco temático alguém criar um guerreiro com a função de ir na frente pra apanhar (a.k.a. Tank)e dizer que 2 personagens são iguais baseados apenas em arquétipos sem levar o background em consideração é errôneo, porem opções de customizações deveriam ser mais que apenas escolher habilidade A ou B, poderiam ter arquétipos acessíveis por personagens que tivessem os requisitos independente da classe (como classes de prestigio por exemplo)

Quanto ao comentário do Machado, grato pelo Feedback, você tem razão tratar o jogo como videogame de papel é problema de mestres e jogadores, mas infelizmente nem todo mundo tem maturidade pra lidar com isso,para essas pessoas seria melhor ter um jogo mais polido que fomentasse uma experiencia agradável com roleplay,combate e exploração na medida certa. Talvez o D&D 5E seja assim, porem não o vejo mais dessa forma



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